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sábado, 8 de dezembro de 2012

lincoln

LINCOLN


A marca de automóvel LINCOLN sempre foi associada ao luxo e ao requinte, tornando-se um ícone da cultura americana. Seus modelos já carregaram, com muito conforto e luxo, milionários e abonados, além de gerações dos homens mais influentes e importantes dos Estados Unidos: os presidentes.
A história
Tudo começou em agosto de 1917 quando Henry M. Leland, um dos fundadores da Cadillac, uma divisão da General Motors, deixou a empresa durante a Primeira Guerra Mundial e formou, juntamente com seu filho Wilfred, a LINCOLN MOTOR COMPANY para construir motores para aviões Liberty. O nome da nova empresa foi adotado em homenagem ao herói de Leland: Abraham Lincoln. Somente depois do fim do conflito as fábricas da empresa foram remodeladas para desenvolver e produzir automóveis de luxo, lançando seu primeiro modelo em setembro de 1920. A montadora encontrou severas dificuldades financeiras durante essa transição (produziu apenas 150 automóveis do modelo Lincoln L-series), e como consequência acabou sendo adquirida pela Ford Motor Company no dia 4 de fevereiro de 1922 por cerca de US$ 8 milhões.


O impacto da compra da montadora pela Ford pode ser sentido rapidamente: entre março e dezembro foram produzidos 5.512 automóveis que ostentavam o imponente emblema da LINCOLN. Rapidamente a LINCOLN se tornou uma das marcas de automóveis de luxo mais vendidas dos Estados Unidos, juntamente com as rivais Cadillac, Pierce-Arrow, Marmon, Peerless, Duesenberg e Packard. No ano seguinte, vários automóveis foram introduzidos no mercado, incluindo modelos de duas ou três janelas, um sedã de quatro portas, um roadster para duas pessoas, um sedã para sete passageiros e limusine. O tradicional logotipo da marca, chamado “Greyhound” (uma raça de cachorro), foi adotado como emblema no ano de 1927, o qual seria substituído mais tarde por um diamante, que segue em uso atualmente. Em 1936 com o modelo Zephyr, a LINCOLN introduziu um design mais esportivo e acessível em sua linha de automóveis. Esse modelo, nomeado assim em homenagem à locomotiva Burlington Zephyr, foi o primeiro automóvel produzido nos Estados Unidos com o que hoje conhecemos como monobloco, onde a carroceria do veículo era uma parte integral da sua estrutura. Seu desenho aerodinâmico, seu luxo e sua elegância, além do potente motor V12 ocultaram os muitos problemas pelos quais atravessava a marca LINCOLN na época. O carro foi um sucesso imediato atingindo produção de 20.000 veículos por ano.


O modelo Continental, automóvel de maior importância já produzido pela LINCOLN, foi idealizado em 1938 como um projeto pessoal de Edsel Ford, então presidente da LINCOLN, para dirigir durante suas férias na Flórida. Ele queria um automóvel em estilo europeu e extremamente luxuoso e fez tanto sucesso que a montadora resolveu produzi-lo em grande escala. O Continental Mark II começou a ser fabricado pela LINCOLN ainda na década de 40. O preço básico do modelo era de US$ 10 mil, o mesmo de um luxuoso Rolls-Royce na época.


A indústria automotiva de um modo geral evoluiu muito até que a Segunda Guerra Mundial modificou tudo o que se conhecia sobre automóveis. A retomada viria somente após o ano de 1945, com novos modelos, design aerodinâmico, motores mais eficientes e carros mais seguros. Um divisor de água para a marca LINCOLN foi o modelo Cosmopolitan, introduzido no mercado em 1949. O carro era uma solução realmente nova, depois de quase dez anos sem lançamentos expressivos, resultado da guerra. O nome era alusivo ao público alvo, executivos e a classe média alta americana moradora de grandes centros urbanos. O modelo era oferecido em três estilos diferentes: o fastback de quatro portas e janela vigia; o sedã esportivo que trazia apenas duas portas e tinha um apelo comercial de carro esporte; além do conversível, bem parecido com seus concorrentes da marca Chevrolet. As cores, que até então se resumiam ao preto, creme e algumas poucas variações, agora ganhariam tons vivos como vermelho, azul e verde. O desenho do carro era caracterizado pela modernidade através de linhas que sugeriam a velocidade, para-lamas embutidos na carroceria (o primeiro automóvel do mundo a incorporar essa solução aerodinâmica), ampla grade cromada no melhor estilo “forward look” (triangular) e com faróis recuados de pequenas proporções. No entanto, o design não o diferenciava dos demais modelos LINCOLN. O Cosmopolitan era apenas maior nas proporções, com 5,59 metros, 22 centímetros mais longo do que os outros modelos da Ford (de quem herdaria o chassi), além de motor preparado e acabamento de alto luxo.


O modelo recebeu o motor V8 5.5 litros com comando no bloco, que rendia 152 cavalos de potência. O câmbio poderia ser manual de três marchas com overdrive, chamado de Touch-o-matic, ou a caixa hidramática com três velocidades. A publicidade destacava o Cosmopolitan como um automóvel adequado ao cenário moderno da época: “Este é mais que um carro incomum, foi construído como fruto de um planejamento funcional como a mais bela casa ou escritório moderno”. E os catálogos também enumeravam suas qualidades: “é limpo, mas sem pretensões de exagero; espaçoso, mas sem desperdício; grande, mas fácil de conduzir como um pequeno carro esporte, além de um novo e revolucionário motor V8”. O modelo só ganhou alterações em 1951 com nova grade, a falsa tomada de ar lateral e a introdução da série Capri, que trazia teto de vinil, que se tornaria padrão nos anos seguintes. Deste ano em diante, a indústria automotiva mudaria seu conceito em termos de design e motorização produzindo automóveis mais largos e mais baixos, por isso o modelo Cosmopolitan deu lugar a novidades na marca LINCOLN, mas a intenção de produzir um carro luxuoso e referência nos segmentos superiores ficou marcada na subsidiária Ford.


Em 1958 ocorreu a fusão da divisão LINCOLN com a marca de automóveis Mercury, formando a LINCOLN MERCURY. Nos anos seguintes a marca acirrou a disputa com a rival Cadillac, tornando seus automóveis sinônimos de requinte e luxo. No início dos anos 80, com o lançamento do TOWN CAR, um luxuoso sedã de porte grande, que se tornou o carro chefe da marca por muitos anos, a LINCOLN reviveu seus momentos de glória. A marca alcançou vendas extraordinárias em 1989 (200.315 unidades) e em 1990 (231.600 unidades), graças em grande parte as novas gerações do Continental e do Town Car. No ano de 1996 a marca atingiu os 5 milhões de Lincoln Continental produzidos, tornando este modelo de automóvel um dos mais importantes da história da indústria automobilística. Em 1998 a LINCOLN era a marca de veículos de luxo mais vendida dos Estados Unidos e nos anos seguintes, através de lançamentos como a NAVIGATOR, uma luxuosa SUV (veículo utilitário esportivo), e a picape MARK, continuou sendo referência neste segmento.


Entretanto, apesar das novidades, a marca perdeu força nos últimos anos. Para tentar recuperar o território (entenda-se participação de mercado), a LINCOLN apresentou um novo carro conceito para restabelecer a marca entre uma das mais elegantes do mundo: o MKT. Um modelo sem precedentes: perfeito equilíbrio entre um veículo espaçoso, confortável e eficiente. Equipado com um motor V6 EcoBoost Turbocharged de 3.5L com injeção direta, o automóvel tinha a performance esperada de um V8, mas com o consumo de combustível de um V6. O design aerodinâmico eficiente combinado a reduções no peso e uma nova transmissão fez deste um dos mais eficientes veículos do mundo. Para reduzir o peso do carro, novos materiais foram utilizados: o Valox iQ e o Xenoy iQ. Eles substituíram metais e fibra de carbono nos painéis de absorção de impacto. Ambos são feitos com uma resina proveniente da reciclagem de garrafas PET, então esse carro era ecológico não apenas por ter boa eficiência no consumo de combustível, mas também por reduzir o volume de lixo. Além de resistentes e leves, os materiais absorvem com grande facilidade vibrações, o que deixa o carro muito mais silencioso.


Atualmente a LINCOLN oferece uma linha de veículos extremamente sofisticados, que incluem dois sedãs (MKS e MKZ), dois crossover (MKT e MKX) e um luxuoso veículo utilitário esportivo (NAVIGATOR). Apesar nas quedas das vendas, principalmente em solo americano, a Ford anunciou que fará investimentos para que até 2015 a linha LINCOLN seja expandida com a adição de sete diferentes modelos.


A linha do tempo
1981
Lançamento do LINCOLN TOWN CAR, um luxuoso sedã de porte grande, que se tornou o carro chefe da marca por muitos anos. A segunda geração foi lançada em 1990 e a terceira em 1998, que passou por pequenas mudanças visuais em 2003. Durante anos o modelo foi o maior carro de sua categoria no mercado americano.
1998
Lançamento do LINCOLN NAVIGATOR, um veículo utilitário esportivo extremamente luxuoso que oferecia praticamente todas as características que o americano queria em um automóvel: grande, espaçoso e com um motor potente. O modelo está em sua terceira geração e foi um dos responsáveis pela sobrevida da marca LINCOLN, apesar de ser o automóvel mais caro da montadora (algo em torno de US$ 54.000).
1999
Lançamento do LINCOLN LS, um sedã de porte médio, sendo o primeiro em décadas a oferecer a opção de câmbio manual. O modelo foi produzido somente até 2006.
2001
Lançamento do LINCOLN BLACKWOOD, um picape extremamente luxuosa que ficou apenas um ano no mercado. O modelo nada mais era do que a versão luxuosa da Ford F-150.
2005
Lançamento do LINCOLN MARK LT, uma luxuosa picape de porte grande. A picape não agradou, muito mais pelo preço exorbitante (cerca de US$ 40.000) e ficou pouco mais de três anos no mercado.
2007
Lançamento do LINCOLN MKZ, um luxuoso sedã de porte médio. O modelo havia sido introduzido dois anos antes com o nome de Zephyr.
Lançamento do LINCOLN MKX, um utilitário esportivo crossover de porte médio. Todo seu interior foi projetado com materiais que minimizam ferimentos em caso de colisões, além de ter seis airbags como padrão, incluindo os de cortina lateral.
2008
Lançamento do LINCOLN MKS, um sedã luxuoso de porte médio/grande. O modelo conta com o motor V6 turbo de 3.5 litros com EcoBoost, que produz a mesma potência e torque de um V8, porém com o consumo de combustível de um V6. Com potência estimada de 340 hp e mais de 47 kgfm de torque, este sedã de luxo com tração integral é um dos mais potentes e econômicos do mercado. O automóvel foi o primeiro da marca a ser equipado com tecnologia para estacionamento automático.
2010
Lançamento do LINCOLN MKT, um luxuoso crossover de tamanho grande que acomoda com muito conforto até sete passageiros.


As limusines presidenciais
A marca LINCOLN ficou conhecida e associada na cabeça dos consumidores americanos como fornecedora de limusines para os presidentes do país. O primeiro carro especialmente produzido para um presidente americano foi o LINCOLN V12 conversível, chamado de “Sunshine Special”, no ano de 1939, utilizado por Franklin D. Roosevelt. Porém, um dos automóveis mais famosos que a tradicional montadora produziu para presidentes americanos foi o LINCOLN COSMOPOLITAN de 1950, batizado de “Buble Top”, que foi utilizado pelos presidentes Harry Turman, Dwight D. Eisenhower, John F. Kennedy e Lyndon Johnson até 1965. Em 1969 o presidente Richard Nixon utilizou um LINCOLN, assim como Gerald Ford, Jimmy Carter, Ronald Reagan e George Bush. O presidente Kennedy foi assassinado em um LINCOLN CONTINENTAL CONVERTIBLE no dia 22 de novembro de 1963. Até 2004 a marca forneceu as limusines para os presidentes dos Estados Unidos, quando a rival Cadillac assumiu o posto.

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